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o desarranjo poético

quarta-feira, 23 de junho de 2010

à Saudade.

Saudade, que corrói, que destroi.
Saudade da vida que é minha e que fica.
Saudade da vida que mesmo sendo tua é minha.
Saudade do homem que passa na rua
Saudade da rua, que também minha.

Saudade de todos os tolos.
Saudade do céu de anil da minha terra.
Saudade da Aroeira de meus dias.
Saudade da poeira dos meus cantos.
Saudade do meu Brasil.

-minha terra de encantos


Saudade das moças e moços
Saudade do carvão do meu chão.
Saudade do giz que recobre minha parede.
Saudade da terra que me prende as raízes.

Saudade dói e mata;

saudade dói mas passa.

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