Pedidos sinceros demais em mesas sujas demais.
Os pequenos que entram pedindo cor pro a realidade de fora.
-vai querer drops, moço?
A existencia do menino azul me incomoda. Meus olhos baixos servem de resposta. O hálito da criança me toca outra vez.
-moço, por favor.
Busco com as maos tremulas uma possivel xicara de café, para um possível gole. Falhei.
Suor já começava a beijar meus lábios secos. Estou nervoso. Num impulso levanto a cabeça de forma brusca, brutal.. vejo dois pequeninos olhos foscos a fitar a tudo e todos. O pequeno se virou também, e para o azar de minha consciencia me viu. Me viu pasmo. E eu o vi. A criaturinha so nao ajoelhava porque nao sabia rezar.
Dei-lhe uns trocados. Ele se foi.
-Café preto, por favor. Sem açúcar.
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