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o desarranjo poético

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Reebok

As mais belas palavras já foram ditas, todas elas.

Estão gastas como a sola de meu sapato usado.

Mas o que faço se busco palavras para serem só minhas?

Para que não me afogue na simplicidade e em meus próprios clichês..

Disseram-me para conter minha ansiedade pelo saber...

Mas eu quero o feérico do anormal, o extravagante do extra terreno.

Quero o fúlgido do arquivo dos grandes, o vulgar de madalena e o sonho de um mártir.

Quero engrandecer minha poética. Me engradecer. Quero tudo.

Quero que as palavras, pelo menos as minhas, nao se desgastem. Para que nao haja a necessidade encontrar novas, e novas, e novas.

Contudo, para suportar meu devaneio poético amétrico, teria de voar, ou andar de pés nus.

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