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o desarranjo poético

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Jardins de Regent street.

Estão todos a me olhar, e não há como me esconder por entre as cobertas, pois a cama não é alta o bastante para fugir dos olhos de meus observadores.
Peço a todos que saiam, que me deixem um pouco, e que ao sair fechem a porta. Mudo de idéia pois temo o escuro.. mas então é tarde, há só penumbra e solidão. Ah que vontade de chorar.

Peço alto para que voltem, pois gosto da atenção. Gosto de todos aqueles que por um momento me admiraram. No entanto é tudo em vão. Pedir alto não fará diferença. A porta se mantém fechada. Ainda há penumbra e solidão.

Há penumbra, pois por debaixo da porta há luz. Há solidão, porque todos foram, inclusive eu.

Volto para minha cama para fazer passar o tempo.

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