ape

o desarranjo poético

quarta-feira, 23 de junho de 2010

a overdose.

Se contorcia como serpente.
Intercalava o gozo com demência
Sua mente era fogo em alto mar
Explosao de cáis.
Pedia perdao pela miserável vida, mas pedia mais.

O milagre de viver entregou-lhe uma faca,
e ela se esfaqueou.
Passou pela vida como mera observadora.
Deixou...
Deixou...
Deixou...

sua alma à venda.

Fechou os olhos numa expressao mista de alívio e cansaço.
Morreu afogada, perto de Deus, e ao lado dos barcos.

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