ape

o desarranjo poético

quarta-feira, 23 de junho de 2010

asfalto morno.

Perdido jurei, não mais voltar a um lugar que não o meu.
Porém minha inconstância me cutuca o juízo, me faz querer de novo a vida de incerteza.
Vida é pra conhecer toda beleza dum mundinho grande, para conhecer o tão distante horizonte.

Acordo cedo e arrumo as malas. Pego o pouco que me é necessário, e quem sabe até um livreto.
Distribuo ,no silêncio da escuridão, beijos e abraços. Visito amigos e amigas, até aqueles que já me esqueceram. Queimo velhas fotos, compro filme novo. Fumo um cigarro comprido até o filtro, porque meus olhos fechem e não haja como olhar pra trás. Ponho um sapato velho e vou sozinho a cantar até a margem de uma pequena lagoa. Lá, jogo meia dúzia de pedrinhas pra pular e me despeço da terrinha. O fusca me espera na estrada. A estrada me espera ardida.

para uma, sempre boa, partida












e árdua despedida.

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