ape

o desarranjo poético

terça-feira, 28 de setembro de 2010

art

Arte.


Uma batalha interna




de consequências externas.


Arte.

sábado, 25 de setembro de 2010

chuchu, eu passo mal.

Nachos!  não sei o que fazer..
Faz algum tempo que ando completamente fora de mim
delirando em pensamentos distantes da realidade.

E nem há reflexão nesses meus momentos
eu simplesmente sonho ou percebo o que, de fato, existe lá fora (e aqui dentro)
Notei, hoje mesmo, que sou apaixonado por excessos.
É raro o instante que eu esteja feliz sem estar me excedendo em algum aspecto.
Não que haja alguma glória nisso tudo, pelo contrário, é deprimente.
Deprimente por não ter cara pra enfrentar meus medos, minha carência..  Basicamente é tudo uma fraqueza mental, um medo absurdo daquilo que está por aí.   Me falta hombridade para me virar sozinho.

Mas será que é apenas falta de coragem?  quem sabe pode ser azar.  seria um alívio.
Quem sabe eu possa ter, simplesmente, nascido errado.  Errado e pronto..  não há nada para se fazer.  é como querer que uma goteira pingue para cima, entendes?  Bom, eu já não sei de mais nada e talvez até nem faça mais sentido, talvez o que eu precise é um psicólogo, talvez até uma cama e um rémedio pra dormir.

eu não sei o que acontece, apenas sei que sinto saudade do sereno e do eterno -

do silêncio e do perto.

boa noite

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O mágico mistério.

Lentamente as pernas chegam, nuas.
Dobram-se, fracas.  Há então êxtase, misto de cor e fantasia.  Sorrisos bandidos e confissões diluídas em saliva e mentira.  Rápido torna-se em confusão, em sentimento que espuma, amargo, pelo canto da boca e grita calado sua indecisão.


As pernas já não importam,
bom mesmo agora são as mãos, que trocam tímidos afagos.
Momentos roubados.  
Mas subitamente o rubro empalidece.  Surge o bege. É frio e brando.
O calor da vida gela os dedos e faz bater o queixo.  
Rígido como louça.  
Fraco como louça.
E a brisa fresca sopra diplomática, definitivamente nada convidativa.


As pontas de meus dedos sugerem novo caminho,
ainda que totalmente apáticas.
Penso baixo em levantar, porém sou surpreendido por novas curvas. 
Uma cintura magra de silhueta esguia.  Demasiada tentação.


Dedos que viram mãos
Mãos que viram braços 
Braços que viram abraços
Abraços que viram beijos


O hálito é morno e molhado novamente.  
O gelo derrete e ferve.
É como sangue.
É louco.


Enfim minha vista torta enxerga algo,
uma cara de incógnita no fundo do inferno.
Forço, todavia beira o impossível definir a imagem que me encara.
Talvez nem eu acredite na beleza que ví.




As cores e as incógnitas. Um mágico mistério em minha vida errante.
Jamais perto o bastante para que eu possa entender.
Jamais longe o bastante para que eu possa esquecer.




Sem aviso, o mundo começa a girar e girar feito bailarina
E meu mágico mistério afunda.
Desaparece dando lugar à uma face estranhamente excitada e perturbada.




Deus, era pra mim que eu olhava






no reflexo turvo da água da privada.