depois do serviço, os poucos metros até meu apartamento. Para meu júbilo, ao subir a ruela magra, vi ao longe um rapaz. Contudo este não era só, tinha consigo um instrumento de tocar, que por sinal tinha um aspecto no mínimo deplorável. Os rasgos por entre a madeira envelhecida pelo tempo mais pareciam fendas em rochas, sem qualquer alinhamento ou semelhança, pura obra do descuido e desgaste. A cor era castanho, porém as manchas eram evidentes. Cordas novas aquele corpo jamais vira. Sentei-me e tratei de escutar. Tocava a quarta de Beethoven. Permaneci calado.
ape
quarta-feira, 23 de junho de 2010
violinistar
depois do serviço, os poucos metros até meu apartamento. Para meu júbilo, ao subir a ruela magra, vi ao longe um rapaz. Contudo este não era só, tinha consigo um instrumento de tocar, que por sinal tinha um aspecto no mínimo deplorável. Os rasgos por entre a madeira envelhecida pelo tempo mais pareciam fendas em rochas, sem qualquer alinhamento ou semelhança, pura obra do descuido e desgaste. A cor era castanho, porém as manchas eram evidentes. Cordas novas aquele corpo jamais vira. Sentei-me e tratei de escutar. Tocava a quarta de Beethoven. Permaneci calado.
madame filet mignon
Ying & Yang
Decifra-me
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta"
asfalto morno.
Arcobaleno
Poesia que escorre pelo rosto, desce até o queixo e some antes de ganhar o mundo.
Saiba que aquela que não escorre pelo chão torna o coração mudo.
Dá-me tuas palavras nem que por um segundo, para que eu possa ver por de trás da carne, pondo um fim na minha curiosa agonia.
Menina dos dedos de criança, sei que não é a valsa tua dança;
pois és viva demais para tão pouco.
Menina dos dedos de aquarela, sei que sonhas até onde teu juízo alcança;
Voa alto e com os pés no chão.
Ah menina.. Eu sempre achei que fosses um arco-íris.
Santa.
reflexão.
...
Lua e sol.
Os monstros e o violino.
Exame de consciência.
poema bobo II
Flores na calçada.
Indecisao
a overdose.
Maldito diplomata.
pianinho.
O malabarista.
Tinha de ser Amélia! Tinha!
A velha história de todas as histórias que tem, no fim, um começo
garoa.
criaturas estranhas esses homens.
Eleiçao.
stratocumulus.
-Eu vejo uma tartaruga.
-Eu vejo um macaco.
-Eu vejo uma pulga.
Tão perto do céu.
Tão longe de tudo.
Nefelibatas.
vácuo.
mae.
festas pros deuses.
Coffee break.
Eunice.
Jardins de Regent street.
Peço a todos que saiam, que me deixem um pouco, e que ao sair fechem a porta. Mudo de idéia pois temo o escuro.. mas então é tarde, há só penumbra e solidão. Ah que vontade de chorar.
Peço alto para que voltem, pois gosto da atenção. Gosto de todos aqueles que por um momento me admiraram. No entanto é tudo em vão. Pedir alto não fará diferença. A porta se mantém fechada. Ainda há penumbra e solidão.
Há penumbra, pois por debaixo da porta há luz. Há solidão, porque todos foram, inclusive eu.
Volto para minha cama para fazer passar o tempo.
guarda roupa
Amor como flor de verao.
K.
ROMANTICAR
radiaçao.
Pierrot.
alma de artista
dia azul.
as paredes de minha casa.
Maresia.
Certas palavras afetam a todos.
E ela ainda tem a boca morna pelos beijos roubados de mim.
sem titulo.
Sem querer foi caminhando pela estrada de estrelas rebaixadas. Pisou em cada estrela, da mais voluptosa a mais candida pequenina, sem distincao.
A cada passo as correntes em minhas maos ficavam mais apertadas, e o ar seco sufocava minha palavra. Impotencia.
Terminaste teu caminho, e eu comeco o meu.
Poema bobo.
Tentemos entao construir a escada para alcancar o clitoris de deus.
Pena que orgasmos sao prazeres de curto prazo.
Canario.
Canta canario moco, pois quero ouvir-te.
Prometo atencao integral durante tua capela.
Prometo esperar teu numero a cada sol poente.
Canta canario moco, deixa-me ouvir o som da tua terra e dos teus iguais.
No meio da selva de pedra, canario sempre canta mais.
Canta em coro com os sabias.
Ja e' de teu conhecimento previo que minha alma e' tua.
Fecunde versos em meus ouvidos, que germino poesia em tua imagem.
Antes que te vas, seguidor da carruagem de Apolo, sussurrarei baixinho ao teu ouvido miudo o pedido:
Canta canario moco, canta mais uma vez.
Boris.
-Silencio, canto das arvores.
Nem para tudo ha' explicacao profunda, complexa. O pesar humano e' nao ver o que esta' a frente.
Nem todos gatos sao habeis o bastante para cruzar a estrada.
Outro achado do caderninho de pensamentos.
Peço a todos que saiam, que me deixem um pouco, e que ao sair fechem a porta. Mudo de idéia pois temo o escuro.. mas então é tarde, há só penumbra e solidão. Ah que vontade de chorar.
Peço alto para que voltem, pois gosto de atenção. Gosto de todos aqueles que por um momento me admiraram. No entanto é tudo em vão. Pedir alto não fará diferença. A porta se mantém fechada. Ainda há penumbra e solidão.
Há penumbra, pois por debaixo da porta há luz. Há solidão, porque todos foram, inclusive eu.
Volto para minha cama para fazer passar o tempo.
à Saudade.
Saudade da vida que é minha e que fica.
Saudade da vida que mesmo sendo tua é minha.
Saudade do homem que passa na rua
Saudade da rua, que também minha.
Saudade de todos os tolos.
Saudade do céu de anil da minha terra.
Saudade da Aroeira de meus dias.
Saudade da poeira dos meus cantos.
Saudade do meu Brasil.
-minha terra de encantos
Saudade das moças e moços
Saudade do carvão do meu chão.
Saudade do giz que recobre minha parede.
Saudade da terra que me prende as raízes.
Saudade dói e mata;
saudade dói mas passa.
Arcobaleno
Poesia que escorre pelo rosto, desce até o queixo e some antes de ganhar o mundo.
Saiba que aquela que não escorre pelo chão torna o coração mudo.
Dá-me tuas palavras nem que por um segundo, para que eu possa ver por de trás carne, pondo um fim na minha curiosa agonia.
Menina dos dedos de criança, sei que não é a valsa tua dança;
pois és viva demais para tão pouco.
Menina dos dedos de aquarela, sei que sonhas até onde teu juízo alcança;
Voa alto e com os pés no chão.
Ah menina.. Eu sempre achei que fosses um arco-íris.
Ao famoso desconhecido.
Morreu afogado em uma de suas poças. Um minuto de silêncio ao um escroto qualquer que morreu. Puta cara estranho.
Windows.
Todo dia sonho ao fechar os olhos, contemplo o estranho mundo que reside numa cabeça estufada de idéias, embora muitos delas sejam meras lembranças de arquivos julgados inúteis por algum péssimo profissional imaginário que contratei para me organizar o juízo. Agora nem me passa nas idéias contratar alguém sendo que só eu posso fazer tal trabalho torturante. Lembrar o passado só nos deixa mais velhos. Há um ou outro pensamento que você reconsidera e requalifica como algo útil. Tarefa difícil essa de cada dia. Por isso peço a quem for enterrar meu futuro putrefato corpo, que o faço loois já estounge de um campo de lírios, p cansado o suficiente de meus delírios, e desejo que dessa vida errante apenas sobre a parte não errante, quero pouco trabalho para eternidade. E tomara que eu morra dormindo para poder adiantar o trabalho. Sabe como é, eu prefiro um layout mais clean, essa história de desktop cheio de ícones nao está com nada.
Nova canção de outrora.
Entao posso dizer convicto, que aves nao mais gorjeiam, nem cá, nem lá.
Nosso, meu e seu céu, maior pedaço do papel de um Dias, tem cada dia menos estrelas, e seu sol menos ardor.
Nossa vida, afogada em futilidade, inebriou-se pela radioatividade das rosas de nossos varzeas.
E à nossos bosques foi destinado nem se que amor, nem lágrimas.
E eu vou me embora, cansei de viver nessa nova canção de outrora. Se em alguma hora em meu juizo surgir a vontade de voltar, só espero que na volta eu escute ao menos um sabiá.
Eis o sono;
Pois então.. vou dormir.
Eu falei de flores.
A menina e a flor contra o mundo.
A menina e a flor contra o pelotão.
Era uma vez um pelotão, ou ao menos as fardas mudaram... A menina cresceu e a flor murchou. A menina procura em seu jardim outras flores para as novas milicias, e quando as acha, elas lhe parecem fugir a mão. "Por que não?". Indaga a bela moça.
Flores precisam ver para crer, nao adianta chama-las atenção.
Pra nao dizer que nunca falei das flores.
Minha menina
A boca, o meio-beijo, o começo do desejo, que por muitos foi eternizada num lampejo poético.
O coração, demente e indescente e polivalente, é onde tudo se sente.
O cerébro, consciencia e livre arbitrio, o ópio e vício, o silencio e grito. (É causador da razão, da reciprocidade medida, calculada, pesada e carimbada, diferente do anterior que nao acha o amor uma causa complicada).
As mãos, ávidas e rápidas também sabem como pedir a calma.
A garganta, é onde o rock fala.
A vida, que se encontra na palma.
E os olhos... Ah os olhos!
-estes transparecem a alma.
Era um menino.
Menino, tua vida nao passa da mera repetição de fatos, aqueles que lhe falaram e lhe falam? És um pobre coitado menino? Menino, tens um nome? És alguém menino? Lhe faltam as palavras e lhe escorre o suor? Lhe sobem os nervos, e lhe descem o cacete? Me venderás o mentex ou nao? Serás parte da massa menino? Quando irás, menino, comprar teu primeiro revolver? Os Winchester, disse-me um amigo, sao os melhores. Tens grana menino? Ainda tens fumo? Dormes pela manhã menino? Toma condução? Toma anfetaminas? Tens meninas? Mulheres? Bucetas? És o tema da poesia burguesa? Falas a lingua portuguesa? Teu irmão chora de medo, menino? Choras de medo menino? De medo da morte? Da vida incerta?
Teu castigo, menino, não é morrer, afinal a morte é caminho de ida,
a dor meu menino... está é na vida.
Masturbação mental.
Em comparação a Céfalodiarréia, a MM tem maiores chances do seu pensamento nao sair uma merda.
Céfalodiarréia.
À minha cachoeira, a mais linda de todas.
desgraças irmas.
Caju.
Em seus garranchos, american boy, baseio estes pensamentos.
Abraços se és de abraços.
e
Beijos se és de beijos.
À Santa (?) Catarina
Corre por onde há gente.
Leva, lava... Banho aos inocentes.
Força o barraco, força o que se sente.
Entao não se tem mais gente, não se tem mais nada.
O homem.
sem história nao haveria nada para escrever.
Era uma vez um homem, que por confusão, pintou asfalto, muro
e gente. Atiraram.. morreu alto quebrando silêncio e rotina.
Balbuciou algumas meias palavras tortas e morreu.
Não há mais homem, nem história, e definitivamente nao há
nada para ser escrito.
Reebok
Estão gastas como a sola de meu sapato usado.
Mas o que faço se busco palavras para serem só minhas?
Para que não me afogue na simplicidade e em meus próprios clichês..
Disseram-me para conter minha ansiedade pelo saber...
Mas eu quero o feérico do anormal, o extravagante do extra terreno.
Quero o fúlgido do arquivo dos grandes, o vulgar de madalena e o sonho de um mártir.
Quero engrandecer minha poética. Me engradecer. Quero tudo.
Quero que as palavras, pelo menos as minhas, nao se desgastem. Para que nao haja a necessidade encontrar novas, e novas, e novas.
Contudo, para suportar meu devaneio poético amétrico, teria de voar, ou andar de pés nus.
Às noites de minha vida.
Sua presença me suga o moral, é mordaz. Odeio-te. Porém percebo-me fascinado pela sua existência, admirado pela sua incrível habilidade de tornar os amantes em insones.
Mas ainda assim.. odeio-te. Provoca-em meias palavras belas, mesmo sabendo o quão dificil é dize-las. És cruel.
Odeio-te, mas não mais te renego, pois voltaras a cada instante de amor para avisar-me de tua
chegada na ausência destes.
Talvez ame-te e apenas não saiba dizer, não sei.
Mas quando souber, direi "Amo-te", mesmo que contra vontade, pois te admiro,
minha insone saudade.
Ensaio sobre a plasticidade cósmica aplicada vol.1
"Cosmoplasticidade.. de cosmoplastia, que significa intervençao plastica do universo, ou seja, uma alteração física do espaço universal, logo impedindo mudanças temporais... Então concluimos que... Sacha como cosmoplata.. nao interferiu no tempo das coisas, e sim no universo espacial a sua volta. Se interpretado como uma metáfora, a qualidade de cosmoplata se refere a alguém que afetou outros individuos (no caso... nós) de maneira pacifica, sem contato... usando apenas um ataque psicologico, alterando assim o juízo dos dominados. Ele se utilizou de seu poder como representante orkutiano da comunidade má para subjulgar os demais participantes assim causando transtorno e revolta no cidadãos malinos."...
Ensaio sobre a plasticidade cósmica aplicada vol.1
Ao amor.
Geme tácito, contendando-se consigo mesmo, condenando-se ao seu mais puro narcisismo... é plástico.
Porém só até quando acorda de seu sono plácido, pois quando acorda espalha uma espécie de batida ritmada, que nem a todos agrada, mas que todos escutam.
Como todos.. me movo pela cadência do coração, inexorável, infinita e até que se prove o contrário a mais bonita... e se algum dia alguém provar, parabéns.. encontrou então verdadeiro ritmo de amar.
Orienta-te, pois vives.
eu lhe asseguro um ombro amigo...
e outro amante.. Nem que esse abrigo
nao seja mais o meu.
Nao tenha medo, pois em cada canto da tua vida
eu deixarei avisos, afinal o mundo é grande pra caramba
e tu teras de ler algo antes de nele se perder.
O esboço.
Dotado de uma nudez ingênua,
cobriou as linhas decoradas por rasuras.
Na noite que se fazia,
coberto por toda a poesia,
não pode ganhar maiores dimensões que as daquela sala escura.
Um poema sem toda aquela melancolia, beleza e influência...
um poema por sí só, por sua mera existência.
Enquanto este existir.. não terá fim, pois como nossa própria
história nos mostra, tudo que começa... tem um meio, e por fim
acaba em bosta.
Coffea arabica.
meus braços buscam os o calor de teu abraço.
Nas noites.. este é meu fardo, caminhar em minha compania
pelo escuro...
a passos leves e largos.
Whisky.
foi aos poucos se isentando de toda a realidade.
Ele, foi alimentando seu corpo inerte... com palavras torpes,
vazia de sentido aparente.
Ele, tentou incessante conseguir a grandeza daqueles que um dia...
foram grandes.
Ele para muitos nao passa de oco... pouco... louco. Mas alguém há* de achar
beleza em sua mente incerta.
É nesse dia então que o louco vira poeta.