- mais que cara.. o que houve?
- falta de sono.
- dormindo mal?
- bem demais.
- tá cagando dinheiro?
- longe disso.
- então largou aquele emprego.
- nem fodendo posso largar aquela merda.
- tá drogada?
- faz uns meses
- arrependida?
- desconfiada.
- desconfiada que a vida possa ser mais fácil do que é?
- mais ou menos.
- você tem medo.
- eu tenho medo.
- e eu coragem por dois.
quer tomar um chá? sempre me ajuda a dormir...
eu trago aqui na sacada pra você.
ape
o desarranjo poético
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Carvoeira.
E do olho vermelho da besta-fera
dava para ver o feio e a bela
gelando um carinho entre as mãos.
Quebrando a monotonia
de todo aquele laranja-cobre
do céu anoitecido.
do céu anoitecido.
terça-feira, 19 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Quase lá
Onde todo aspirante a poeta, músico, ator, escritor, amante, retardado, maconheiro, viciado, chorão
encontra inspiração.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
desartualizado.
-o que você acha do pós-irreal-metalista-neoconcretista-caravaggiano que um tal de Manuel Bodega está fazendo nas ruelas da Cataluña?
-legal.
-legal.
domingo, 5 de junho de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
ruthina.
...
nasci com ossos de vidro.Todas as manhãs quebro as pernas ao acordar.
Os cacos rasgam minha pele fina de papel e meu sangue tinge o tapete.
Rastejo, sempre, até a cozinha onde não há carpete. É frio, mas há café quente perto da porta.
Pago um sujeita pra me fazer café, limpar meu tapete, e fazer qualquer outra coisa que eu queira. Seu nome é Ruth. Ruth uma vez me chupou, cortou meu pau com seus dentes de navalha. Eu gostei.
Ela também me veste. Gosto de usar terno. Ela me veste o terno todas as tardes. Todas as tardes quebro os braços pondo o paletó. Todo dia ela sai pra comprar cigarros, porém antes me senta no sofá, com a tv ligada. Quando volta, fede a cerveja e cigarros. Me dá algo pra comer, e juntos terminamos umas garrafas de vinho. Conversamos até a noite ficar fria demais para sua mini-saia. Ela busca o cobertor, me cobre. E me beija com seu hálito de colgate.
Toda noite ela sobe as escadas, que eu jamais subi, e dorme na cama que fora de meus pais.
Eu durmo no sofá. Todas madrugadas sinto meus ossos colarem, afinal
nasci com ossos de vidro.
Todas as manhãs quebro as pernas ao acordar.
Os cacos rasgam minha pele fina de papel e meu sangue tinge o tapete.
Rastejo, sempre, até a cozinha onde não há carpete. É frio, mas há café quente perto da porta.
Pago um sujeita pra me fazer café, limpar meu tapete, e fazer qualquer outra coisa que eu queira. Seu nome é Ruth. Ruth uma vez me chupou, cortou meu pau com seus dentes de navalha. Eu gostei.
Ela também me veste. Gosto de usar terno. Ela me veste o terno todas as tardes. Todas as tardes quebro os braços pondo o paletó. Todo dia ela sai pra comprar cigarros, porém antes me senta no sofá, com a tv ligada. Quando volta, fede a cerveja e cigarros. Me dá algo pra comer, e juntos terminamos umas garrafas de vinho. Conversamos até a noite ficar fria demais para sua mini-saia. Ela busca o cobertor, me cobre. E me beija com seu hálito de colgate.
Toda noite ela sobe as escadas, que eu jamais subi, e dorme na cama que fora de meus pais.
Eu durmo no sofá. Todas madrugadas sinto meus ossos colarem, afinal
nasci com ossos de vidro.
Todas as manhãs quebro as pernas ao acordar.
Os cacos rasgam minha pele fina de papel e meu sangue tinge o tapete.
Rastejo, sempre, até a cozinha onde não há carpete. É frio, mas há café quente perto da porta.
Pago um sujeita pra me fazer café, limpar meu tapete, e fazer qualquer outra coisa que eu queira. Seu nome é Ruth. Ruth uma vez me chupou, cortou meu pau com seus dentes de navalha. Eu gostei.
Ela também me veste. Gosto de usar terno. Ela me veste o terno todas as tardes. Todas as tardes quebro os braços pondo o paletó. Todo dia ela sai pra comprar cigarros, porém antes me senta no sofá, com a tv ligada. Quando volta, fede a cerveja e cigarros. Me dá algo pra comer, e juntos terminamos umas garrafas de vinho. Conversamos até a noite ficar fria demais para sua mini-saia. Ela busca o cobertor, me cobre. E me beija com seu hálito de colgate.
Toda noite ela sobe as escadas, que eu jamais subi, e dorme na cama que fora de meus pais.
Eu durmo no sofá. Todas madrugadas sinto meus ossos colarem, afinal
nasci com ossos de vidro.
Todas as manhãs quebro as pernas ao acordar.
Os cacos rasgam minha pele fina de papel e meu sangue tinge o tapete.
Rastejo, sempre, até a cozinha onde não há carpete. É frio, mas há café quente perto da porta.
Pago um sujeita pra me fazer café, limpar meu tapete, e fazer qualquer outra coisa que eu queira. Seu nome é Ruth. Ruth uma vez me chupou, cortou meu pau com seus dentes de navalha. Eu gostei.
Ela também me veste. Gosto de usar terno. Ela me veste o terno todas as tardes. Todas as tardes quebro os braços pondo o paletó. Todo dia ela sai pra comprar cigarros, porém antes me senta no sofá, com a tv ligada. Quando volta, fede a cerveja e cigarros. Me dá algo pra comer, e juntos terminamos umas garrafas de vinho. Conversamos até a noite ficar fria demais para sua mini-saia. Ela busca o cobertor, me cobre. E me beija com seu hálito de colgate.
Toda noite ela sobe as escadas, que eu jamais subi, e dorme na cama que fora de meus pais.
Eu durmo no sofá. Todas madrugadas sinto meus ossos colarem, afinal
nasci com ossos de vidro
Todas as manhãs quebro as pernas ao acordar.
Os cacos rasgam minha pele fina de papel e meu sangue tinge o tapete.
Rastejo, sempre, até a cozinha onde não há carpete. É frio, mas há café quente perto da porta.
Pago um sujeita pra me fazer café, limpar meu tapete, e fazer qualquer outra coisa que eu queira. Seu nome é Ruth. Ruth uma vez me chupou, cortou meu pau com seus dentes de navalha. Eu gostei.
Ela também me veste. Gosto de usar terno. Ela me veste o terno todas as tardes. Todas as tardes quebro os braços pondo o paletó. Todo dia ela sai pra comprar cigarros, porém antes me senta no sofá, com a tv ligada. Quando volta, fede a cerveja e cigarros. Me dá algo pra comer, e juntos terminamos umas garrafas de vinho. Conversamos até a noite ficar fria demais para sua mini-saia. Ela busca o cobertor, me cobre. E me beija com seu hálito de colgate.
Toda noite ela sobe as escadas, que eu jamais subi, e dorme na cama que fora de meus pais.
Eu durmo no sofá. Todas madrugadas sinto meus ossos colarem, afinal
nasci com ossos de vidro.
Todas as manhãs quebro as pernas ao acordar.
Os cacos rasgam minha pele fina de papel e meu sangue tinge o tapete.
Rastejo, sempre, até a cozinha onde não há carpete. É frio, mas há café quente perto da porta.
Pago um sujeita pra me fazer café, limpar meu tapete, e fazer qualquer outra coisa que eu queira. Seu nome é Ruth. Ruth uma vez me chupou, cortou meu pau com seus dentes de navalha. Eu gostei.
Ela também me veste. Gosto de usar terno. Ela me veste o terno todas as tardes. Todas as tardes quebro os braços pondo o paletó. Todo dia ela sai pra comprar cigarros, porém antes me senta no sofá, com a tv ligada. Quando volta, fede a cerveja e cigarros. Me dá algo pra comer, e juntos terminamos umas garrafas de vinho. Conversamos até a noite ficar fria demais para sua mini-saia. Ela busca o cobertor, me cobre. E me beija com seu hálito de colgate.
Toda noite ela sobe as escadas, que eu jamais subi, e dorme na cama que fora de meus pais.
Eu durmo no sofá. Todas madrugadas sinto meus ossos colarem, afinal...
domingo, 8 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
O sofá não parece mais uma opcão tão ruim.
A perna pra cima, a cabeça pra fora, o traseiro afundado. Tão natural.
Animal, me sinto animal naqueles metros quadrados. Estofados
Ele não cochicha, não chora, não grita. Abriga. Não tenta me convencer que há algo de errado comigo.
Inimigo? Talvez, pero muy cómodo.
Posso fazer-lhe um carinho dengoso, sem temer o olhar pesado. Dobrável. O sofá guarda seus olhos pra si, assim ninguém saberá de seu medo.
Medo de alimentar medo.
Medo se alimenta de medo
Mundo se alimenta de quem é só
Sofás de desiludidos
Eu de pó.
A perna pra cima, a cabeça pra fora, o traseiro afundado. Tão natural.
Animal, me sinto animal naqueles metros quadrados. Estofados
Ele não cochicha, não chora, não grita. Abriga. Não tenta me convencer que há algo de errado comigo.
Inimigo? Talvez, pero muy cómodo.
Posso fazer-lhe um carinho dengoso, sem temer o olhar pesado. Dobrável. O sofá guarda seus olhos pra si, assim ninguém saberá de seu medo.
Medo de alimentar medo.
Medo se alimenta de medo
Mundo se alimenta de quem é só
Sofás de desiludidos
Eu de pó.
terça-feira, 12 de abril de 2011
motivos
Tenho meus motivos para olhar pro céu e não querer resposta alguma.
Para na rua, com meus pés medrosos, seguir a lua.
Para perder a conta das estrelas.
Para guardá-las em meus bolsos furados.
Para olhar os bem amados
Com cara de chapados
Lambendo palavras doces e
Perdendo o ar,
em belas noites de luar.
Para na rua, com meus pés medrosos, seguir a lua.
Para perder a conta das estrelas.
Para guardá-las em meus bolsos furados.
Para olhar os bem amados
Com cara de chapados
Lambendo palavras doces e
Perdendo o ar,
em belas noites de luar.
domingo, 27 de março de 2011
Frases de efeito tem me deixado nauseado.
Toda essa vontade parecer mais que gente normal.
Mais do que gente que caga, que fede, que solta pum.
Gente que não solta pum tem me deixado nauseado.
Todo esse medo de ser ordinário, de ser comum.
De acordar de mau humor, de mijar fora da bacia.
Medo de ter medo de voar de avião.
Porra, a vida é isso aí.. a vida é isso aí que a gente vê,
sem rodeios, nua e crua, pronta pra um trepada e um cigarro.
pronta pra dormir, sozinha, afogada em sua demência. A vida bate o carro
A vida cumpre horário.
Não, a vida não é altruísta. A vida não dá mínima.
E sim, a vida solta pum.
Toda essa vontade parecer mais que gente normal.
Mais do que gente que caga, que fede, que solta pum.
Gente que não solta pum tem me deixado nauseado.
Todo esse medo de ser ordinário, de ser comum.
De acordar de mau humor, de mijar fora da bacia.
Medo de ter medo de voar de avião.
Porra, a vida é isso aí.. a vida é isso aí que a gente vê,
sem rodeios, nua e crua, pronta pra um trepada e um cigarro.
pronta pra dormir, sozinha, afogada em sua demência. A vida bate o carro
A vida cumpre horário.
Não, a vida não é altruísta. A vida não dá mínima.
E sim, a vida solta pum.
domingo, 20 de março de 2011
casamento
- Oi.. err.. te chamei aqui pra, sei lá, conversar. Não que eu tenha realmente algo pra dizer.
(risada sem jeito)
- Olá...
- Assim.. se você quiser ir, eu entendo. Eu sei que já são nove horas, tu talvez tenhas que ir cuidar da tua vida.
- Roberto, eu estou em casa.
- Aí é que tá.. Eu não.
(risada sem jeito)
- Olá...
- Assim.. se você quiser ir, eu entendo. Eu sei que já são nove horas, tu talvez tenhas que ir cuidar da tua vida.
- Roberto, eu estou em casa.
- Aí é que tá.. Eu não.
Confidente.
ignore
quando a noite insistir em tocar suas velhas músicas de dormir.
pense
em mim antes de ir.
chore
(baixinho) antes de rir.
beije
as mãos mais humanas.
sangre
com sua carne profana
coma
como uma criança faminta
a carniça podre e infinita
de minha mente mundana.
quando a noite insistir em tocar suas velhas músicas de dormir.
pense
em mim antes de ir.
chore
(baixinho) antes de rir.
beije
as mãos mais humanas.
sangre
com sua carne profana
coma
como uma criança faminta
a carniça podre e infinita
de minha mente mundana.
O amador
Em teus olhos vítreos deixo uma lágrima minha.
No teu batom; um beijo recortado, mera lembrança de meu sorriso rígido, sempre inacabado.
Em tua orelha deixo minhas mentiras mais refinadas e curtas, aquelas que gemem, que cantam, que não parecem mentir. Em tua língua, meu mamilo. Em tua cama, minha cara. Em tua mão, uma flor. No criado mudo uma carta, que você pode rasgar ou ler.
Saí pra comprar cigarro, não volto nunca mais.
No teu batom; um beijo recortado, mera lembrança de meu sorriso rígido, sempre inacabado.
Em tua orelha deixo minhas mentiras mais refinadas e curtas, aquelas que gemem, que cantam, que não parecem mentir. Em tua língua, meu mamilo. Em tua cama, minha cara. Em tua mão, uma flor. No criado mudo uma carta, que você pode rasgar ou ler.
Saí pra comprar cigarro, não volto nunca mais.
sexta-feira, 18 de março de 2011
O trem.
Sinto que é chegada a hora de ir embora
Meu trem sai em 10 minutos.
vou pra fora.
pra sempre.
AGORA
um beijo.
terça-feira, 8 de março de 2011
Carnavalizado.
Era eu o Pierrot
que te abraçou
e te beijou.
Não, não era eu a gorda que trepava na escadaria.
Não, não era eu a bailarina feia que dançava sozinha.
Não, não era eu o bêbado que mijava na esquina.
Não, não era eu o equilibrista da calçada.
Não, não era eu o banguela que ria.
Não, não era eu o assassino vestido de fada.
Mas era eu aquele Pierrot
que te abraçou
e te beijou
que te abraçou
e te beijou.
Não, não era eu a gorda que trepava na escadaria.
Não, não era eu a bailarina feia que dançava sozinha.
Não, não era eu o bêbado que mijava na esquina.
Não, não era eu o equilibrista da calçada.
Não, não era eu o banguela que ria.
Não, não era eu o assassino vestido de fada.
Mas era eu aquele Pierrot
que te abraçou
e te beijou
domingo, 6 de março de 2011
sem nome
Meu medo é me perder por aí
no esquecimento da cabeça
das pessoas.
Me perder bem no meio.
E virar poeira
na gaveta velha
e suja
das lembranças.
ou virar fotografia,
o personagem sem nome
de uma história amputada.
no esquecimento da cabeça
das pessoas.
Me perder bem no meio.
E virar poeira
na gaveta velha
e suja
das lembranças.
ou virar fotografia,
o personagem sem nome
de uma história amputada.
quarta-feira, 2 de março de 2011
O abraço de Aquário.
Desajeitado - tem o jeito de gente que teme - Temeroso - tem o medo de ceder - Engenhoso - tem o carinho medido - Grande - tem o tamanho do mundo - Distante - cada segundo é mais que o instante - Infinito - eternamente broxante.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Artur e os óculos escuros.
Meus olhos pires.
Castanha íris.
Pequenos e frios.
Meus.
Meus olhos pratos
fundos e fracos.
Leves e loucos.
Breu.
Meus olhos xícaras
como cigarras e cítaras
que lambem o beijo.
Seu.
Meus olhos espelhos
que refletem tua pele e pelos.
pelo meu olhar inteiro
Ateu.
Meu olhar televisão.
muito céu, pouco chão
sonha em ser rei, mas é
Plebeu.
Castanha íris.
Pequenos e frios.
Meus.
Meus olhos pratos
fundos e fracos.
Leves e loucos.
Breu.
Meus olhos xícaras
como cigarras e cítaras
que lambem o beijo.
Seu.
Meus olhos espelhos
que refletem tua pele e pelos.
pelo meu olhar inteiro
Ateu.
Meu olhar televisão.
muito céu, pouco chão
sonha em ser rei, mas é
Plebeu.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
incógnita.
Escolha bem os lápis. Prepare as pontas com faca. Num papel rugoso e amarelado teste o traço. Traço gordo. Traço magro. Desenhe fraco um círculo tímido, círculo bobo e apático. Deixe o risco cair, deixe que dois caiam e se encontrem. Deixe que se beijem, e sejam um só. Tome distãncia.
Linhas auxiliares seram úteis para a harmonia da face, mas não imprescindiveis. Três já são de bom tamanho. As orelhas devem ser pequenas e suaves. Devem começar na base do olhos e terminar na base do nariz. O nariz é deve ser apenas uma idéia, um questionamento, um exercício para imaginação. Quantos aos lábios, estes devem ser finos e levemente entortados, levando a um meio sorriso, um sorriso sem dentes. Rascunhe a cabeleira negra. Tome distância.
Adicione intensidade em certos pontos da figura. Nas extremidades dos lábios, na curva do queixo, nos sulcos abaixo dos olhos, no canto do rosto. Podes também desenhar um pescoço interminado, magro e sedutor, levemente virado. Deixe o cabelo negro e as sobrancelhas pretas. Espalhe o pó do grafite em volta do rosto feminino, como um contorno, uma névoa fina. Tome distância.
Os olhos, sem dúvida a parte mais importante. Os olhos são profundos. Os desenhe devagar. Longos cílios. Púpilas grandes. Íris cinzenta. É um olhar que nao brilha, e sim que pesa. Uma beleza excitante e triste, difícil de esquecer. Os pinte de maneira que fiquem fortes, que entrem em você, e que queimem toda sua razão. Tome distância.
fique distante.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
aurélio.
mamãe disse que eu sou feio.
graças a Deus "feio" é uma palavra bonita.
pelo menos não sou lamelirrostro e nada tenho a ver com uma coclospermácea.
graças a Deus "feio" é uma palavra bonita.
pelo menos não sou lamelirrostro e nada tenho a ver com uma coclospermácea.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
gaiola
Olha o coro, e como é bonito o coro!
Contudo, confesso que, às vezes, confuso
nao sei se é canto ou choro.
Contudo, confesso que, às vezes, confuso
nao sei se é canto ou choro.
um pequeno lugar
trancado
preso
privado
privada
praia
cabeça
sentido
caminhada
mar
martelo
privada
cama
chuveiro
tempo
saudade
estrada
abraço sem dono, sem nada.
preso
privado
privada
praia
cabeça
sentido
caminhada
mar
martelo
privada
cama
chuveiro
tempo
saudade
estrada
abraço sem dono, sem nada.
eu.
Compro roupa nova
-desfigura-me o rosto
Compro sapato caro
-desfigura-me o rosto
Pinto os lábios de vermelho
-desfigura-me o rosto
Arranco as sobrancelhas pretas
-desfigura-me o rosto
Corto o cabelo vasto
-desfigura-me o rosto
ardo, e não esqueço.
permaneço
eu.
-desfigura-me o rosto
Compro sapato caro
-desfigura-me o rosto
Pinto os lábios de vermelho
-desfigura-me o rosto
Arranco as sobrancelhas pretas
-desfigura-me o rosto
Corto o cabelo vasto
-desfigura-me o rosto
ardo, e não esqueço.
permaneço
eu.
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