ape

o desarranjo poético

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Artur e os óculos escuros.

Meus olhos pires.
Castanha íris.
Pequenos e frios.
Meus.


Meus olhos pratos
fundos e fracos.
Leves e loucos.
Breu.


Meus olhos xícaras
como cigarras e cítaras
que lambem o beijo.
Seu.


Meus olhos espelhos
que refletem tua pele e pelos.
pelo meu olhar inteiro
Ateu.


Meu olhar televisão.
muito céu, pouco chão
sonha em ser rei, mas é
Plebeu.

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