ape

o desarranjo poético

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

a noite das tartarugas.

Tua perna é tão fina, menina.
Mal ficas de pé, compasso.
Tens carinha de bala de hortelã
E na cabeleira, que lambe os ombros, laço.

Da tua mão, Fulana
saiem pequenas bolinhas furta-cor.
Tomam conta do espaço, flor cigana,
E beijam, suaves, a escuridão, feito história de amor.

Dance a ciranda, pequena,
pois a tua vida ainda é pão de ló.
E não tire o orvalho das pétalas, pois é lindo feito teu sorriso de poucos dentes.

Amei você por uma noite, um amor gostoso, coisa de pai.

Só perdão por não saber seu nome.

Obrigado.

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