Queria tanto que essas malditas folhas ainda pudessem ser palco de meus verdadeiros pensamentos.
Já não há mais espaço para mim. Devo escrever sobre a podridão desse mundo torto, com o máximo de cuidado, com dose dupla cautela. Logo me censuro, blefo e não pulo. Ponho na boca, mas não engulo.
E a pergunta martela meu cérebro: Por qual razão não me calo? Essa mania de sempre gritar e gritar e gritar e fazer questão que me escutem e não consigam jamais entender. Essa mania de solidão. Essa mania de dizer "não".
CENSURO
e aos meus devaneios reservo lugar qualquer, junto do frio do chão, ou do calor do colo de qualquer mulher.
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