ape

o desarranjo poético

sexta-feira, 22 de abril de 2011

o dentista tem medo de sorrir.
ignorância:  a inocência traumatizada

terça-feira, 19 de abril de 2011

O sofá não parece mais uma opcão tão ruim.
A perna pra cima, a cabeça pra fora, o traseiro afundado. Tão natural.
Animal, me sinto animal naqueles metros quadrados.  Estofados
Ele não cochicha, não chora, não grita.  Abriga.  Não tenta me convencer que há algo de errado comigo.
Inimigo?  Talvez, pero muy cómodo.
Posso fazer-lhe um carinho dengoso, sem temer o olhar pesado. Dobrável.   O sofá guarda seus olhos pra si, assim ninguém saberá de seu medo.



Medo de alimentar medo.
Medo se alimenta de medo
Mundo se alimenta de quem é só
Sofás de desiludidos
Eu de pó.

terça-feira, 12 de abril de 2011

motivos

Tenho meus motivos para olhar pro céu e não querer resposta alguma.
Para na rua, com meus pés medrosos, seguir a lua.
Para perder a conta das estrelas.
Para guardá-las em meus bolsos furados.
Para olhar os bem amados
Com cara de chapados
Lambendo palavras doces e
Perdendo o ar,
em belas noites de luar.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Qual a semelhança entre a bomba atômica e a palavra?






bum.