ape

o desarranjo poético

terça-feira, 30 de novembro de 2010

merda

       Insosso, ando poeta ruminante.  Dia após dia a procurar em toda situação aquela que me dê um poemeto  -no mínimo- bom.  Melhor que ruminante, sou poeta cafetão, que a cada trago barato sai um verso gratuito, torto e inacabado, apenas para lamber o saco de minha vaidade.  Falando em meu saco, sempre tive a curiosidade de saber como é sentí-lo raspado, talvez o lance da vaidade seja ainda mais prazeroso.  Divagações à parte, voltemos a prostituição poética.  É isso aí, vendo meus versos como venderia meu cu.  Falando em meu cu, gostaria de deixar claro que a citação do mesmo anteriormente foi mera utilização de figura de linguagem pois por ele sempre tive demasiado respeito e apreço.
           Espero que aqueles que têm como sina escrever compreendam minha frustração.  Dificuldade para achar temas não existe, difícil é como enfeitar esse tema, como romantica-lo.   Nova musa ou novo ópio? quem sabe pode até ser soluçao..  Ócio?  talvez.   Minha criatividade está acorrentada em algum banheiro sujo, completamente nua e de nariz escorrendo.  Meus pensamentos ululam, mas minhas mãos falham.

a realidade é que entre a ideia e a execuçao...


existe um puta abismo.

Um comentário:

  1. é. daqui a pouco classificam isso como síndrome. hahaha recorrente, aliás.

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